"Sou meio como um mosquito num campo de nudismo; sei o que quero fazer, mas não sei por onde começar." - Stephen Bayne





quinta-feira, 23 de agosto de 2012

meu pesadelo

De repente nos meus sonhos eu me vi narrando a minha vida. Descrevi pra alguém que me escutava quanta dor eu sentia, quanto riso eu queria, quantas lagrimas cairam dos meus olhos. Descrevi que sou muito pequenininha pra sentir tanto peso e dor, descrevi o que exatamente penso nos meus momentos sem ninguém. Quando eu descrevi a minha vida, no sonho, lembrei também de falar das conquistas, da força e da perseverança. Lembrei de dizer da minha capa de super-herói, do meu sorriso de indiferença, da minha falsidade por trás da gargalhada. Lembrei de dizer que choro quando vou dormir. Lembrei de dizer toda a parte insólita de mim, toda a minha fraqueza, minha máscara e minhas incertezas. Descrevi a minha vida como injusta, como fase, como inferno. Descrevi como karma, como loucura, como efêmera. Quando acordei, percebi que eu não estava descrevendo a minha vida. Eu estava descrevendo a sua...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

pais e filhos

Pra que você veio se a esse quarto você não pertence mais? Pra que um dia surgiu no meu sangue se não há amor que corra dentro de você? E que se façam as desculpas de disturbios e desilusões, de maus tratos e sermões... que se bote a culpa no passado, nos erros, nos nossos passos, e não teus. mas que não há desculpa que desculpe tua falta de amor, tua falta de vergonha, teu corpo sem perdão. não há passado que justifique a ausencia do futuro, perde parte de você no coração de quem te ama. Não há nada que me perdoe, que explique suas dores... não há o que me convença que no seio deles você os faça chorar. Quem precisa de ombros somos nós. E bem que ele te avisou, que o mundo ia girar na proporção dos teus pensamentos... mas teus pensamentos foram conturbados por algo não-pensante, e teu mundo girou pro vazio inconstante.. agora, quem precisa de ombro é ele, sou eu, somos nós... quem precisa do teu amor, porque o nosso já se foi. O nosso se esgotou, de tanta fé em vão, de tantas preces ao chão, de tanta reza pra não.... fazer nada. o que sai da tua boca me parece juras de amor quando tinha cinco anos... daquelas que no dia seguinte você diz pra seu segundo amor a mesma coisa, com a maior sinceridade do mundo, mas sabendo que vai quebrar tuas promessas na manhã seguinte. não acredito mais nas tuas mãos, nos teus passos, no teu brilho. não vejo mais força, traços, trilhos. não vejo mais alma, respeito ou amor. não vejo mais nada. e eu vou sentar aqui, e chorar, tua partida. seja lá pra onde você for...

voce diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais.
você culpa seus pais por tudo, e isso é um absurdo.
são crianças como você.
o que você vai ser quando você crescer?

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

emvão

Me faltam palavras sobre amor
me falta amor pelas palavras
mas não me falta amor
e nem palavras
me falta o toque, a sedução, o beijo
mas não me falta o sexo ou a presença
me faltam as juras, a paixão,
me falta o abraço mas não o tesão
O que mais me falta
é a falta de alguém.
e meus desabafos já sabiam
minhas mãos já suspeitavam
que qualquer ausencia seria razão
pra calar meus sentimentos
e cessar declarações...
e ainda que eu soubesse
que a solidão me entristece
deixei que ela me acompanhasse
nas minhas palavras
no meu amor
no meu coração
pra que nenhum deles estivessem juntos
e pra que toda poesia fosse em vão

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

nossa história de amor

Como se um dia eu pudesse explicar
que ao teu lado o que não me falta é ar
que teu abraço só me faz acalmar
que tuas palavras são como beijar
meu rosto
que tua companhia é mais intensa que o mar
que nossas risadas são mais alegres que um par
de palhaços bem humorados
que nossa eternidade é mais eterna que o amar
que nossa sinceridade é mais bonita que o lar
que meu lar é junto ao teu
que o nosso não é só meu
e que teus braços não são só seus
quando eles tocam a mim...
É como se um dia eu pudesse explicar
que nosso amor é ainda mais belo que o próprio ato de amar...