"Sou meio como um mosquito num campo de nudismo; sei o que quero fazer, mas não sei por onde começar." - Stephen Bayne





quarta-feira, 31 de março de 2010

Até semana que vem.

Tanta coisa pra escrever que perco-me nas palavras. Pouco tempo, muito assunto. Espaço pra perdas dolorosas: Armando Nogueira, Allan Nery... Espaço pra futilidades inevitáveis: BBB (DOURADO). Espaço pra nomes fortes: Nardoni, Ibsen... Espaço é o que não falta, nem pensamentos, opiniões... To meio sem tempo, e agora indo viajar. Quando eu voltar (domingo), eu tento botar aqui pelo menos 1/10 do que realmente tá passando na minha cabeça. São muitos sentimentos embaralhados, merece dias de posts sem parar, mas eu preciso organizar tudo primeiro.

=) Feliz Páscoa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ponto de Vista

Tentei dizer palavras de tristeza, mas não consegui. Tentei dizer que minha vida não era perfeita, mas não consegui. Tentei dizer que as cores não faziam de mim mas feliz, mas não consegui. Tentei não rir sobre o céu tão azul, mas foi impossível o fazer... Não consegui dizer as estrelas que elas me traziam solidão, pois o contrário era o que prevalecia - todos os dias. Não consegui dizer que a vida é muito difícil, pois eu tenho tudo ao meu alcance.

Tentei fingir lagrimas, tentei fingir a dor, tentei inventar na minha cabeça - ou no coração - alguma coisa que me trouxesse lembranças mais escuras. Tentei pensar em coisas ruins para não voar, mas de repente me vi flutuando em cima de nuvens brancas. Tentei esquecer que ontem estive em êxtase, mas não consegui parar de lembrar das risadas intermináveis.

De repente, me vi rindo sozinha, deitada na cama, como se nada no mundo importasse pros meus sonhos... como se nada no mundo fizesse sentido se minha vida fosse em preto e branco. Mas mudou: me vi deitada em seus braços, mais coloridos ainda, seu lábios rosados e sua pele do jeito que eu sempre sonhei. Eu não estava sonhando, era tudo realidade, percebi que eu faço a minha felicidade, percebi que minha vida depende da minha determinação.

Percebi que eu não sou nada sem as minhas proprias escolhas.

Percebi que hoje eu vou ser feliz, e que se exploda o lado ruim da vida, é tudo questão de ponto de vista.

sábado, 27 de março de 2010

Metaforicamente falando

www.linguaspresas.blogspot.com
Tema: Paparazzi






Uma manhã de sol, uma brisa agradável, um término de verão. Não podia reclamar de mais nada, tudo estava bem. Condições favoráveis para se viver alegremente em um mundo repleto de cores. Mas as cores não eram tão vivas e não eram mais minhas. Não eram mais de ninguém. Nada era mais de ninguém.

Indiscretamente, eu percebia a invasão de parasitas no meu ambiente antes tão feliz. Percebi também que um beijo, uma tosse, um "ai", eram motivos de discussão. Percebi que um passo tinha mais chance de ser em falso do que certo. Percebi, então, que nada mais era regido por mim, e sim pelo que os outros achavam do meu mundo: não conseguia sorrir sem imaginar alguém torcendo pra que eu chorasse, não conseguia andar sem imaginar alguém pedindo pra eu cair. Todos à minha volta queriam um furo, ao vivo e a cores.

Mas como?

Minhas cores já tinham desaparecido e tudo tinha virado preto e branco. Era impossivel conseguir congelar um momento em que eu estivesse fora do meu normal. Ou melhor, um momento que eu estivesse fora do meu Anormal.

Acho que eles desistiram, foram embora, e perceberam que existia uma barreira que impedia seus flashes, seus flashes que tiravam as cores da minha vida - ao invés de botá-las - , que tornavam tudo preto e branco...

Nenhum deles conseguiu mudar meu caminho pra espalhar pro mundo meus erros, eu simplesmente fui mais esperta, e saí do centro das atenções. Porque nem sempre estar ali no meio é o que você quer. Eu precisava acreditar que minha vida era muito mais do que um cotidiano vendido por maldade. Eu precisava acreditar que ainda existiam pessoas que torciam pro meu bem.

Eles eram paparazzis da vida, que tentaram medir a importância das minhas atitudes e mostrar pro mundo como eu era imperfeita. Mas ninguém precisava me provar isso, se eu não tivesse defeitos ou não errasse, essa sim, seria a maior das imperfeições.

A mais nova estrela no céu.

Só porque eu ainda não to preparada pra escrever pra você algo de minha autoria, vão as palavras que seu pai disse no 7º dia de saudade (você é eterno Allan):


"A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria for a de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista ?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas
e se me amas,
não chores mais."

- Oração de Santo Agostinho

sexta-feira, 26 de março de 2010

COMO DIRIA CAZUZA

Ouço palavras de som forte e na minha cabeça vêm frases feitas, mas não pré-estabelecidas, elas simplesmente foram imaginadas por mim mesma no meu inconsciente. Eu não pedi para escutar o que não quero, mas elas fluem, vomitando significados que não significam nada para os meus olhos. Eu não consigo suportar a dor de escutá-las e ser indiferente e, por isso, livro-me delas no papel. Coitado, pois não fez nada para merecer tantos desabafos rabiscados, tantos arrependimentos, dores ou sorrisos. Mas se eu não usá-lo, os sons ficarão presos na minha memória, atormentando meus sonhos e ilusões... Escrever não dói.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Noite de Cristal

(Antes: www.c-bastos.zip.net
Mudei, seilá porque. Acho que gosto mais do estilo desse daqui. Portanto, meus leitores de plantão, agora o endereço mudou, e não tem mais meu sobrenome nele. É isso aí! Só não deixem de comentar, NUNCA.)






Minha vida passou a escorrer nas suas mãos, meus sentidos se aguçaram com o brilho do seu sorriso, o poder que sua metade tinha sobre uma minha não era mais vulnerável como antes. Uma mistura de amor e ódio consumia meus ossos encostados nos seus, e eu começava a ficar enojada por estar na sua sombra. Uma mistura de sensações, um arrependimento por ter me entregado como o mundo fosse acabar amanhã. Quem disse CARPE DIEM? Meus cadernos e lápis já não vêem graça em tudo, não acham mais tudo coerente, minha mão não tem minha influência, ela simplesmente age por si só... Tudo porque a metade minha que restava foi esgotada diante de seus caprichos, e agora eu ouço o barulho da minha reputação se quebrando. Parecem cristais, mas poucos ouviram falar sobre minha noite aos pedaços...