"Sou meio como um mosquito num campo de nudismo; sei o que quero fazer, mas não sei por onde começar." - Stephen Bayne





terça-feira, 26 de junho de 2012

porque não sou o que queria ser

E se eu fosse indiferente
como quem não se importa com seus beijos
como quem não tem apenas um medo
como quem não quer nem sequer um desejo
Se eu fosse o que não sou
e você fosse quem não foi
talvez eu sorrisse sinceramente
e comemorasse alegremente
com honestidade
a tua ausência
mas não...
me desculpe por mentir
por enganar meu coração
disfarçar a minha dor
e contestar a minha raiva
eu nunca te esqueci
e só sei disso
porque cada palavra tua
ainda faz minhas pernas balançarem
meu coração palpitar
minha boca tremer
e meus olhos chorar.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

tua partida

você levantou como se não precisasse explicar nada pra mim. tudo que me restou foi minhas pernas cruzadas na cama, meu cabelo bagunçado pelas tuas mãos e o silêncio que você deixou no meu peito. a visão das tuas costas andando pra longe de mim foi como uma facada no ponto mais lindo da nossa historia. voce simplesmente levantou e não me explicou nada. nem disse que nao me amava mais, você só foi embora. e eu fiquei ali, sozinha, como se eu estivesse fora do meu lugar, mas ainda estava parada. eu não fiz nada, e nem corri pra te puxar de volta. talvez porque eu soubesse que voce sair do meu quarto era o melhor pra eu dormir sozinha... era melhor pra eu acordar no dia seguinte com a simples certeza de que eu nao te tinha mais, e nao mais com a duvida de te ter ou nao seu amor no dia seguinte. mas tuas costas doeram em mim. o que antes eu sentia com prazer, teu calor no meu corpo e teu beijo no meu olho, se tornaram lembranças de uma historia sem fim. ou que pelo menos eu achava. mas tudo que eu achava era provavelmente em vão. seu amor era provavelmente. nunca certo, nunca seguro, nunca ali. na verdade, você não levantou e foi embora. você simplesmente nunca esteve aqui. e, por isso, não havia nada para ser explicado.

domingo, 10 de junho de 2012

porque escrevo...

porque talvez quando eu escreva eu sinta minhas lagrimas caindo sem cair
eu sinta meu riso sorrindo sem sorrir
eu sinta minhas maos quentes sem se aquecer
talvez eu sinta sua companhia sem te acompanhar
talvez eu sinta ate seu beijo sem te beijar
porque talvez fazer poesia me faça poemizar
tudo aquilo de bom que existe dentro daqui
talvez porque me faça enxergar mesmo sem ver
que meu coração doi e sente falta de você
e que minha solidão é mais amarga aqui dentro
e que talvez eu nunca viva mais nossos momentos
porque talvez quando eu escreva eu sinta menos peso
eu me alivie de todos meus pesadelos
porque talvez assim as palavras curem meus medos
meus anseios e minhas mentiras
porque talvez quando eu escreva eu esqueça do mundo
porque quando eu escrevo eu esqueço de te esquecer
ou até de te amar
porque quando eu escrevo eu esqueço de mim mesma
eu não sou nada
e sou tudo
eu sou um lápis e papel
com muito amor pra escrever.