"Sou meio como um mosquito num campo de nudismo; sei o que quero fazer, mas não sei por onde começar." - Stephen Bayne





terça-feira, 21 de agosto de 2012

pais e filhos

Pra que você veio se a esse quarto você não pertence mais? Pra que um dia surgiu no meu sangue se não há amor que corra dentro de você? E que se façam as desculpas de disturbios e desilusões, de maus tratos e sermões... que se bote a culpa no passado, nos erros, nos nossos passos, e não teus. mas que não há desculpa que desculpe tua falta de amor, tua falta de vergonha, teu corpo sem perdão. não há passado que justifique a ausencia do futuro, perde parte de você no coração de quem te ama. Não há nada que me perdoe, que explique suas dores... não há o que me convença que no seio deles você os faça chorar. Quem precisa de ombros somos nós. E bem que ele te avisou, que o mundo ia girar na proporção dos teus pensamentos... mas teus pensamentos foram conturbados por algo não-pensante, e teu mundo girou pro vazio inconstante.. agora, quem precisa de ombro é ele, sou eu, somos nós... quem precisa do teu amor, porque o nosso já se foi. O nosso se esgotou, de tanta fé em vão, de tantas preces ao chão, de tanta reza pra não.... fazer nada. o que sai da tua boca me parece juras de amor quando tinha cinco anos... daquelas que no dia seguinte você diz pra seu segundo amor a mesma coisa, com a maior sinceridade do mundo, mas sabendo que vai quebrar tuas promessas na manhã seguinte. não acredito mais nas tuas mãos, nos teus passos, no teu brilho. não vejo mais força, traços, trilhos. não vejo mais alma, respeito ou amor. não vejo mais nada. e eu vou sentar aqui, e chorar, tua partida. seja lá pra onde você for...

voce diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais.
você culpa seus pais por tudo, e isso é um absurdo.
são crianças como você.
o que você vai ser quando você crescer?

Um comentário:

Janiny Holanda disse...

É impressionante o quanto voce escreve bem e tudo faz sentido!! nunca abandone aqui por favor, realmente preciso ler o que voce escreve