"Sou meio como um mosquito num campo de nudismo; sei o que quero fazer, mas não sei por onde começar." - Stephen Bayne





terça-feira, 27 de novembro de 2012

minhas quatro estações

Quando o sol parar de arder
E a chuva parar de cair
E as nuvens sairem
você pode voltar
pra perto de mim?

Sei que dei adeus
e prometi ausencia eterna
mas internamente
meu eu chora sem ti
e nenhuma primavera é tão colorida
nenhum inverno é tão aconchegante
nenhum outono é tão reflexivo
nenhum verão me traz calor
internamente
minha dor clama por ti

Eu tentei não confessar
e fingir que sou melhor assim
com as minhas proprias pernas
proprios braços
proprios laços
proprios passos
mas não...
meu sol não arde mais em mim
minha chuva não cai mais
minhas nuvens não existem mais
nem meu céu
então eis o que me resta
suplicar
por ti
por mim
por nós

pra que eu sinta tudo de novo outra vez

necessidade de mim

Quando eu descobri
que tuas maos podiam arder nas minhas
que um suspiro poderia calar palavras
que o silencio podia gritar o meu amor
eu achei
que me bastava as maos
me bastavam suspiros
me bastava o silencio
achei que me bastasse teu sorriso
teu cheiro e tua ausencia
tua saudade e teu passado
o tudo que foi nosso
que nunca foi teu
e nem meu

Quando eu descobri
que eu poderia te amar mais do que a mim
achei que meu fim estava escrito
um fim onde meu sorriso é o seu sorriso
onde meu corpo e seu corpo
se juntam
em uma eterna
fusao

Na verdade
eu descobri minha inseguranca
minhas incertezas
e falsas esperancas
esqueci de descobrir
que parte de mim ainda vivia
e que essa parte
nunca precisou das tuas maos
dos teus sorrisos
saudade
ausencia
sorrisos
maos
suspiros
silencios
suspiros
voce
eu so precisava de mim...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

inexistência

Eu não sei mais onde botar minhas mãos, meus pés ou meus pensamentos. O que ontem foi nosso hoje nem meu é mais. Eu já não sinto mais calor, já não sinto mais dor, já não sinto mais sentimento algum. Depois de muito tempo no paraiso do sofrimento e no inferno da paixão, eu entrei no limbo, e parece que aqui padeço por muito tempo... pelo menos antes existia algo dentro de mim, dor ou alegria dentro do meu coração. existiam espinhos ou pétalas, abraços e partidas, e agora não existe mais nada, não existe o meu eu, porque eu não tenho a mais ninguem... sinto agora como se tudo aquilo que eu disse um dia fosse em vão. Ninguém precisa carregar o peso de completar ninguém nessa vida, mas porque eu sinto como se eu estivesse incompleta? Essa minha dor que não para é invisível, é uma dor de não sentir dor, de não sentir você, de não sentir ninguém... os poetas precisam amar para escrever, e eu estou cansada de amar só a mim mesma... eu preciso de uma nova história pra contar.