"Sou meio como um mosquito num campo de nudismo; sei o que quero fazer, mas não sei por onde começar." - Stephen Bayne





segunda-feira, 5 de novembro de 2012

inexistência

Eu não sei mais onde botar minhas mãos, meus pés ou meus pensamentos. O que ontem foi nosso hoje nem meu é mais. Eu já não sinto mais calor, já não sinto mais dor, já não sinto mais sentimento algum. Depois de muito tempo no paraiso do sofrimento e no inferno da paixão, eu entrei no limbo, e parece que aqui padeço por muito tempo... pelo menos antes existia algo dentro de mim, dor ou alegria dentro do meu coração. existiam espinhos ou pétalas, abraços e partidas, e agora não existe mais nada, não existe o meu eu, porque eu não tenho a mais ninguem... sinto agora como se tudo aquilo que eu disse um dia fosse em vão. Ninguém precisa carregar o peso de completar ninguém nessa vida, mas porque eu sinto como se eu estivesse incompleta? Essa minha dor que não para é invisível, é uma dor de não sentir dor, de não sentir você, de não sentir ninguém... os poetas precisam amar para escrever, e eu estou cansada de amar só a mim mesma... eu preciso de uma nova história pra contar.

2 comentários:

Michele Pupo disse...

Carolina

Teu estilo de escrita me lembrou muito o de Caio Fernando de Abreu (e eu sou uma fã confessa dele). :)

Um beijo

Janiny Holanda disse...

Só adoro tudo,voce sabe!! quero mais hahaha
beijo :)