"Sou meio como um mosquito num campo de nudismo; sei o que quero fazer, mas não sei por onde começar." - Stephen Bayne





domingo, 16 de maio de 2010

emecedeltateta

Ele estava com frio, fazia tempo que não sentia o calor humano colado em seu corpo. Ele tremia de tantos graus negativos, negativos, frieza, quase congelante. Ele parecia não ter cobertor, lã, agasalho ou qualquer Sol que o fizesse equilibrar sua temperatura corporal.
Ele cada vez mais perdia o calor, conforme as pessoas se afastavam... Começava, então, a se sentir sozinho, frio, longe da coletividade e do aquecimento mútuo. Ele, então, começou a sentir suas pernas tremendo, achando que ia morrer de frio, metaforicamente.
Quando ela começou a voltar de seu inverno, seus graus negativos, seus negativos, sua frieza, ele então passava a sentir seu calor voltando à pele. Ela foi entrando na próxima estação, equilibrando a temperatura corporal de ambos.
Ela deixou uma sensação térmica mais elevada - ilusória - ao encostar o seu corpo nu no dele. Ela tentou passar seu calor de primavera, seu cheiro de rosa e seu sorriso de girassol. O inverno dele então foi se acabando, e ele começou a reconhecer seu cobertor, sua lã, seu Sol. Sua temperatura subiu e ele começava a perder o contraste da pele pálida e bochechas rosadas.
O gelo derreteu e o aquecimento equilibrou as temperaturas. Ainda não era verão, mas o calor e as águas derretidas das estalactites permitiam o crescimento das flores.
A vida ficava mais colorida, mais perfumada, menos fria.
O inverno tinha ido embora e, com ele, a sua solidão.
Seu mundo então esquentou, sua vida esquentou quando ela juntou seu corpo nu ao dele.
Quando ela juntou sua vida na dele.

2 comentários:

Daniella Fleury disse...

o melhor é o título, hihihih ;)

Janiny Holanda disse...

owwn que lindoooo,tava aqui imaginando muiiitas coisas!
quero muuuuito mais
amoo muito isso aqui!
beeijos